27/12/2017 - Cinectus

O Rei do Show (2017) – [Crítica]

Sabemos muito bem que Hugh Jackman, além de interpretar um dos mutantes mais famosos dos quadrinhos para o cinema durante quase 20 anos, é um excelente ator, cantor e dançarino, arrematando indicações em espetáculos da Broadway, Globo de Ouro e o cobiçado Oscar (“Os Miseráveis, 2012). 

Aqui ele está irreverente como P.T. Barnum (veja: Quem foi P. T. Barnum?), aliás, o elenco todo de apoio é excelente, não compondo somente a história como mero figurantes, mas com algumas atuações que se destacam ora cantando, ora dançando. Todos conseguem manter uma presença de palco (sem trocadilhos) que foi difícil de ver no último musical de Hollywood mais badalado do ano passado: La La Land (2016).

Michael Gracey dirige seu primeiro grande filme e acerta o tom, mesmo com um início um pouco arrastado, as coisas vão se arrumando nos primeiros 30 minutos e quando menos se espera, o espetáculo começa! A trilha sonora está sensacional! Destaque para a atuação de Zac EfronRebecca Ferguson, Zendaya e Keala Settle  que rouba as cenas em que aparece, se entregando de verdade ao personagem!

Para quem curte animação e já conferiu ano passado “Sing” (2016), verá que “O Rei do Show” é nada mais que uma versão em Live Action, para adultos e bem melhorada!

Nota: 8

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Uma das melhores coisas do filme está na química entre Hugh Jackman e Zack Efron, evidente durante a cena musical embalada por “The Other Side”. Os dois são ótimos em cantar, dançar e atuar ao mesmo tempo e a sincronia deles nesses momentos é espetacular. Mas o êxito dessa relação não se restringe a momentos musicais: a forma como a trama desenvolve a parceria entre os dois personagens consegue ser mais complexa e interessante que as de seus respectivos arcos românticos. Isso, é claro, não quer dizer que o relacionamento dos personagens de Efron e Zendaya ou de Jackman e Williams sejam conduzidos por um enredo ruim, só que são pouco surpreendentes pela obviedade de suas conclusões.

A trilha sonora do filme é muito bem construída e isso se deve a nomes fortes por trás dela. Quem assina a composição das faixas é a dupla Benj Pasek e Justin Paul, dupla por trás das músicas de vários filmes e, mais recentemente, consagrados com o Oscar de Melhor Canção Original por La La Land. A trilha de O Rei do Show sustenta uma atmosfera de grandiosidade e empolgação necessária para o filme fazer sentido dentro de sua proposta – destaque para “The Greatest Show” e “A Million Dreams” pela sua função na trama e para “Never Enough” e “This is Me” por serem canções bonitas dessas que o espectador sai cantando do cinema. (Omelete)

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  2. […] “This is me” (O Rei do Show (2017) – [Crítica]) […]

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