22/11/2019 - Cinectus
Cópias – De Volta à Vida | Crítica
Quando este filme estrelado por Keanu Reeves entrou no catálogo do Netflix, resolvi que era hoje de dar uma chance a ele, mesmo sabendo que foi um fracasso de bilheteria e crítica. Afinal de contas, o trailer é bem feito, o protagonista é um bom ator e a trama promissora.
Mas como dizia a vovó: “de boas intenções o inferno está cheio” – ou a versão atualizada para o tempo atual de coaches, “no Everest há dezenas de cadáveres de pessoas motivadas, focadas e que resolveram sair da zona de conforto“.
Não basta um astro, um orçamento adequado e uma boa ideia sobre um filme. É preciso um roteiro bem escrito, uma direção competente e coadjuvantes minimamente entrosados.
Os primeiros 15 minutos até são bons e mostram como o neurocientista interpretado por por Keanu Reeves está desenvolvendo uma tecnologia para transferir a consciência de pessoas praticamente mortas para organismos cibernéticos. Depois há a sequência onde sua família sobre um acidente gravíssimo e ele se defronta com o grande dilema da trama: É correto quebrar todos protocolos científicos – e várias leis – para tentar salvar a vida da sua família?
Mas depois o filme se perde e empilha uma série de situações absurdas e furos que causam risos ao invés da adrenalina sugerida pelo trailer. E o final além de muito previsível é inverossímel.
E como se não fosse suficiente, ainda pediram o robô de Eu, Robô (2004) emprestado.
Então, se você é um grande fã do carismático e talentoso Keanu Reeves, não perca seu tempo – há filmes bem melhores com o ator no catálogo da Netflix, como John Wick (2014).
Nota Cinectus: 5,5