16/01/2017 - Cinectus

Assassin’s Creed (2016) [Crítica]

Às vezes não basta gostar do jogo ou ser fã numero 1 para produzir um bom filme baseado no tema. Michael Fassbender, além de ator também entra como produtor. A história da Ordem dos Templários e assassinos nós já vimos aparecer como referências em diversas obras do cinema e da literatura mundial, mas o núcleo central do roteiro escolhido para levar a narrativa adiante é confuso, sem muita expressão ou subjetivo demais! Não faz liga, sabe? Eu nem sei dizer

Já joguei alguns games da coleção em PS3 e PS4, mas nem todos foram bons. Acho que os produtores do filme começaram errado (como alguns lançamentos da franquia da Ubisoft), mas como nada é feito “por acaso”em Hollywood, uma “franquiazinha” é sempre bem vinda.

Só devemos esperar para saber se o resultado nas salas de cinema será bom o suficiente, ou se teremos que esperar mais um pouco para os produtores se aventurarem numa outra adaptação de game: God of War, por exemplo! Na mão de um bom diretor e roteirista, seria sensacional ver Kratos ganhar vida!

No meio dessa trama, o filme tenta incluir dilemas sobre violência e livre-arbítrio. E assim como os games, nenhum deles convence. O discurso repetido dos personagens de Marion Cottilard e Jeremy Irons sobre os perigos da liberdade não funcionam como o motor da história, que só avança de verdade quando mergulha da vida de Callum e Aguilar, o assassino vivido por Michael Fassbender. De todos os conceitos apresentados pelo longa, o único que vinga é do Credo dos Assassinos, que vivem para proteger o livre-arbítrio da humanidade – o que no fim das contas torna a aventura envolvente.

Apesar do roteiro errar nas explicações exageradas sobre templários e a Maçã, na hora de apresentar os assassinos e construir a personalidade deles tudo se encaixa. O diretor elimina quase todas as falas e deixa a imagem montar o caráter de cada um dos personagens. Com tomadas aéreas belíssimas, Kurzel monta um ambiente com cara de sonho, com quadros embaçados e movimentos rápidos. As lutas, que têm um ritmo lento mas que valorizam os golpes, lembram os games e impressionam pela brutalidade sem violência – os socos são pesados, as quedas são tensas, mas sem muito sangue. (Omelete)

Nota: 6

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