18/11/2017 - Cinectus
Justiceiro – Mau que nem o Pica-Pau
Quem é novo demais para entender a expressão “Fulano é mau que nem o Pica-Pau“, não conhece o personagem de animação que infernizava seus inimigos, sendo quase sádico de tão sacana. E as crianças adoravam o passarinho…
Quem também acha que Jon Bernthal não tem porte físico para interpretar um personagem casca-grossa como Frank “O Justiceiro” Castle, se esquece que se tamanho fosse documento, Dolph Lundgren teria ganho um Oscar por O Justiceiro (1989).
Em resumo, o Frank Castle de Jon Bernthal é mesmo “mau que nem o Pica-Pau“. Do jeito que os fãs dos quadrinhos gostam e seguindo a linha da sua participação em Demolidor, outra ótima série da Netflix.
Para quem não conhece o personagem, Frank é um ex-fuzileiro que teve sua família assasinada na sua frente por traficantes de drogas. E a partir deste dia se torna um vigilante, caçando e matando sem perdão os criminosos de Nova York.
Apesar do tema já muito batido, “meu passado como soldado no Afeganistão veio me assombrar e meus irmãos de armas são sujos“, o roteiro é um bom suporte para a ação – foco do personagem. É tiro, porrada e bomba para ninguém por defeito. Porradaria Nota 10!
Para felicidade dos fãs das HQs da Marvel, temos mais um caso em que a essência do personagem foi muito bem transportada para tela. As características do protagonista estão todas lá. E até a licença poética da sua relação com Karen Page (Deborah Ann Woll) acaba encaixando bem na série, dando um toque humano ao personagem e o torna mais acessível para quem não o conhecia.
Então vamos à tradicional lista Curtimos / Não Curtimos (pode haver spoilers)
CURTIMOS
- O personagem Bill Russo (Ben Barnes) muito bom em sua dualidade e conflitos internos. Para quem se lembra do Príncipe Caspian de As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian (2008), é uma baita evolução;
- Episódio “Virtude Dos Maus“: a galera do Cinectus é fã do recurso de mostrar a mesma sequencia de ação através da perspectiva dos diferentes personagens. Não por acaso curtimos tanto Dunkirk (2017) [Crítica] ;
- Episódio “Gunner”: A trama cresce em complexidade, temos o encontro de Frank e Karen e uma sequencia de ação na floresta de tirar o fôlego;
- Episódio “Este Lado Para o Inimigo”: A cena da briga entre os personagens Lewis (Daniel Webber) e Curtis (Jason R. Moore) é muito bem coreografada e o desfecho surpreendente;
- A participação especial de Mary Elizabeth Mastrantonio, como a durona Marion James.
- A sequência da invasão do esconderijo de Micro (Ebon Moss-Bachrach) no episódio “Perigo Próximo”.
NÃO CURTIMOS
- Os pesadelos repetitivos – quase todo episódio tem um. Depois de um tempo perde o sentido. Até porque um cara como Frank Castle não tem pesadelos, ele é o pesadelo.
- O vilão Rawlins/Orange (Paul Schulze), clichê toda vida. E ainda participa de uma cena com um baita erro de continuidade no seu encontro noturno com Marion James no episódio “Perigo Próximo”.
Nota Cinectus: 8,5
2 Comments
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[…] que fazem. Entre os coadjuvantes, dois que curtimos demais J.K. Simmons (Whiplash) e Jon Bernthal (Justiceiro), tornam “O Contador” um filme melhor do que a média no estilo “sujeito pacato […]