23/12/2019 - Cinectus

Star Wars: A Ascensão Skywalker | Crítica

Antes de falar sobre o fim da saga dos Skywalkers, esclarecemos que na nossa opinião é praticamente impossível que a conclusão de uma saga como Star Wars seja unânime entre os fãs. E pelas críticas e comentários na internet e o misto de aplausos e reclamações que percebemos ao final da exibição, parece que não somos os únicos.

Junte a isso as escolhas feitas em Star Wars: O Despertar da Força (2015) e Star Wars: Os Últimos Jedi (2017) e não sobra espaço para grandes reviravoltas na trama ou para que algum personagem que não seja da trilogia inicial conquiste corações e mentes do público.

Dito isso, vamos às nossas impressões sobre o filme (com alguns spoilers).

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Ele é repleto de referências bacanas aos episódios anteriores: personagens, planetas, objetos e até alguma frases foram pinçadas e cuidadosamente colocadas para ajudar a contar a conclusão deste clássico do cinema. E logo no início já descobrimos como Palpatine (Ian McDiarmid) “participa” da trama, o que é a melhor sacada do roteiro, pois retoma um personagem icônico e ameniza o efeito vilão Nutella do personagem Kylo Ren (Adam Driver – muito mal aproveitado).

Tecnicamente é muito bem feito e receberá indicações para Oscar técnicos como edição de som, mixagem de som e efeitos visuais. As cenas de ação são ótimas, sejam perseguições, batalhas de naves ou duelos de sabre – a luta mostrada no trailer entre Kylo Ren e Rey em meio a uma mar revolto, é emocionante e traz uma referência bem legal a Star Wars: O Retorno de Jedi.

E como não poderia deixar de ser…

 A Força está com

  • Rey (Daisy Ridley) – mesmo com um personagem mal construido, conseguiu passar sinceridade em uma interptretação honesta. Certamente veremos a atriz em alguma produção premiada em breve;
  • Leia Organa (Carrie Fischer) – Perfeita. Nem o falecimento da atriz impediu uma participação marcante no filme;
  • Poe Dameron (Oscar Isaac) – Não é Han Solo (Harrison Ford), mas cumpriu bem seu papel.
  • As referências a locais e personagens já bem conhecidos dos fãs, como o planeta Tatooine e a volta triunfante de Lando Carlissian (Billy Dee Williams) são o ponto alto do filme, como uma homenagem aos apaixonados pela franquia.
  • General Pryde (Ricard E. Grant) – O talentoso ator precisa de duas cenas para que o público fique ansioso pelo inevitável momento em que os Rebeldes  explodirão sua nave.

Foi para o Lado Negro

  • General Hux (Domhnall Gleeson de Ex-Machina (2014)) – Muito bom no filme anterior, tem uma participação ridícula neste filme. A culpa nem é do ator, é falha do roteiro mesmo;
  • Finn (John Boyega ) – Reprovado em carisma. Teve três filmes para cativar os fãs e não conseguiu. E fora das filmagens o ator só criou buzz na internet sobre o possível romance entre Finn e Poe, ou seja, vai ser lembrado por entrevistas e tweets, e não pela atuação;
  • Luke Skywalker (Mark Hamill) – Sua pequena participação no filme não faz jus ao personagem, e ainda sofreu com um visual bem tosco, com CGI do século passado.

Em resumo,  o filme é bom e entrega coisas bem legais que acertam em cheio nas referências tão amadas pelos fãs, mas peca em falhas graves no roteiro, que acabam por prejudicar o resultado final. E se não vai liderar nenhuma lista de melhor filme da série, também não vai disputar a lanterna com Star Wars: A Ameaça Fantasma.

Nota Cinectus: 8,0

One Comment

  1. […] O longa que estreia no Brasil em 2/Janeiro/2020 vem sendo um sucesso de público nos países onde já está sendo exibido, mesmo concorrendo com um blockbuster como Star Wars: A Ascensão Skywalker […]

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