01/09/2019 - Cinectus

Poderia Me Perdoar? | Crítica

A cinebiografia da escritora Lee Israel, traz Melissa McCarthy em uma performance muito diferente das comédias com as quais estamos acostumados. Neste drama onde o humor só se manifesta através do sarcasmo, a atriz precisa passar emoções, conflitos e até um cinismo que não vemos nos seus papéis mais conhecidos.

O trailer é quase um spoiler pois entrega praticamente toda a trama, mas em se tratando de uma biografia, o próprio Google já cumpre este papel.

Mas se o filme começa com a audiência já sabendo mais ou menos como vai acabar, o percurso até lá é que realmente prende o espectador. Como diz a diretora Marielle Heller no clip abaixo, impressiona como uma pessoa que não tem sucesso, tem uma certa idade e não se encaixa no perfil esperado, pode ser tornar meio que “invisível”, ou seja, até cometer crimes sem ser notada.

E para tornar este caminho ainda mais árduo, dois personagens são incluídos na trama: seu parceiro de crimes John Hock (Richard E. Grant – excelente) e Anna (Dolly Wells) com  quem Lee tem um romance. Estes são responsáveis por mostrar todas as facetas difíceis da personalidade dela – que mesmo não sendo uma pessoa má – por vezes se comporta como alguém que não se quer ter por perto.

Este filme foi indicado a 3 prêmios importantes na última cerimônia do Oscar (2019): melhor atriz, melhor ator coadjuvante e melhor roteiro adaptado. Mesmo não vencendo –  até porque nesta categoria já havia filmes com aquele perfil “ganhador de Oscar”  – definitivamente merece o seu tempo em frente à tela para curti-lo.

Nota: 7,5

Jetpack

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