27/05/2017 - Cinectus

Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar (2017) [Crítica]

Johnny Depp e Geoffrey Rush se aventuram pela quinta e última vez (será?) nessa lucrativa franquia da Disney. Para retomar o sucesso dos três primeiros filmes parece que os produtores não quiseram arriscar outra possível bomba (como quase aconteceu com o quarto filme “Navegando em Águas Misteriosas“, 2011) e decidiram que seu poderoso Bluckbuster deveria ser conduzido por uma “equipe principal”. Com isso temos nada menos que dois diretores envolvidos (Joachim Rønning, Espen Sandberg) e dois roteiristas (Jeff NathansonTerry Rossio). 

O resultado é um filme de 129 minutos que diverte com seus efeitos especiais, batalhas, fotografia, belos e gigantescos cenários e algumas participações especiais como Orlando BloomKeira KnightleyPaul McCartney.  Depp continua caricato dentro de seu personagem preferido, mas já não há surpresas em seus atos ou comportamentos. A narrativa, as ações dos personagens, os diálogos e a estória em si, todos são bastante previsíveis, portanto não espere encontrar surpresas por aqui. Javier Bardem está legal no papel de Salazar, mas poderiam ter explorado melhor Geoffrey Rush como o oportunista (e adorável) pirata Barbosa.

Se formos observar a franquia como um todo, temos 3 filmes que contam histórias independentes (1, 4, 5) enquanto o segundo e o terceiro contam uma única aventura. Sem dúvida, o primeiro deles (“A Maldição do Pérola Negra“, 2003) continua sendo o melhor!

Só um parêntese: mais uma vez o subtítulo do filme em inglês (Homens mortos não contam estórias) ganha uma tradução pífia, mas deve ser para “facilitar” a compreensão de uma frase muito complexa para nós brasileiros. #taquelospari

Mas voltando, para quem não se cansa de ver e rever o capitão Jack Sparrow, o filme é uma boa pedida para o fim de semana. Com isso Hoolywood abre a temporada de lançamentos de Blockbusters. Vamos aguardar…

Nota: 7

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Piratas do Caribe começou como uma das franquias mais família da Disney e se perdeu ao longo de três sequências. A queda de qualidade, porém, não foi seguida pela bilheteria, que só cresceu. Após um descanso de seis anos, a série volta com A Vingança de Salazar sem o peso dramático dos últimos dois filmes e com um Jack Sparrow visivelmente cansado. A fadiga do personagem e de Johnny Depp está escancarada na tela, mas não prejudica a sessão da tarde descompromissada proposta pelo estúdio. Com ar episódico, esse quinto longa tem um roteiro simplório, cheio de reviravoltas previsíveis, mas com execução honesta.

Em um mar de blockbusters, Piratas do Caribe chega com grife mas sem muita pompa. Os embates são mais simples e até a estrela principal está menos inspirada que o comum. Ainda assim, o filme tem êxito em se ater a uma trama didática, que dá mais atenção às cenas de ação e comédia do que à mitologia em si. Se não será lembrado como o melhor ou pior episódio da série, ao menos pode ser considerado, ao lado do primeiro, o mais honesto deles. (Omelete)

 

 

 

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