Os Miseráveis (2012) [Review]

Hollywood sabe fazer como ninguém musicais memoráveis. Seja transformando um livro, uma bibliografia ou qualquer outra coisa numa obra “epopéica”. Este não chega a ser nenhuma “Noviça Rebelde” (1965), “Cantando na Chuva” (1952) ou mais recentemente “Moulin Rouge!“(2001) , mas está melhor do que “Chicago” (2002) que levou como melhor filme em 2002 e ninguém nem lembra…!

Hugh Jackman é um ator completo, atuando e cantando muito bem no filme. Sua carreira detonou e foi além de Wolverine (“X-Men” – 2000), ganhando um Tony na Brodway (2004), sendo anfitrião do Oscar em 2009 e levando o Globo de Ouro (2012) como melhor ator Musical por este filme, merecidamente.

Anne Hathaway iniciou mesmo a carreira em o “Diário da Princesa” (2001), concorreu anteriormente (2009) como melhor atriz em um filme tenso sobre relacionamento familiar em “Rachel Getting Married” (2008), se destacando mais ainda quando contracenou com Maryl Streep em “O diabo veste Prada” (2006). Ela também apresentou o Oscar em 2011 e sua interpretação no filme estava excelente, contudo, mesmo sua aparição sendo pequena, sua atuação justificou o prêmio como Melhor Atriz Coadjuvante no Globo de Ouro e no OSCAR 2012. Quando ela canta “I Dreamed a Dream“, é quase impossível não lembrar de Susan Boyle.

“Suddenly” é uma canção criada para o filme que consegue encaixar muito bem na história, fazendo todos os atores cantarem ao mesmo tempo. Acreditei que tivesse mais chances para levar o prêmio, principalmente quando todos os atores cantaram ao vivo na cerimônia do OSCAR, mas perdeu para “Skayfall” de 007.

Russell Crowe não canta nada, mas passa despercebido no contexto geral. Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen estão hilários, como qualquer outro papel esquisito que interpretam no cinema. O filme levou mais 2 OSCAR técnicos para Melhor Mixagem de Som e Melhor Maquiagem.

No mais, para quem curte um musical e já conhece a história do escritor francês Vitor Hugo, irá gostar desta adaptação de 2 horas e 38 minutos, é bem longa!

Para quem não curte, não recomendo, pois alguns trechos são pensamentos e indagações dos personagens e você não vai encontrar nada parecido com “Moulin Rouge!” aqui.

Nota: 7,5

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