10/02/2017 - Cinectus

O Chamado 3 (2017) [Crítica]

Não tenho nada contra continuações de qualquer franquia, mas depois de 12 anos para uma nova sequência, não poderiam ter feito um roteiro mais legal?

O primeiro filme americano (“O chamado“, 2002)  já foi re-produzido em cima da primeira versão japonesa “Ringu” (1998). Daí tivemos mais umas 2 continuações lá no oriente entre outros derivativos, enquanto a sequência americana seguiu noutra linha (“O Chamado 2“, 2005), ainda com Naomi Watts sustentando uma continuação bem fraca.

Na falta de uma narrativa ousada, parece que os produtores e o novato diretor espanhol F. Javier Gutiérrez quiseram apenas apresentar a Samara para uma nova geração teen, tentando repetir o mesmo sucesso do primeiro e utilizando a tecnologia como pano de fundo, ou seja: + “muderno”.

Fica a impressão de que todos esses anos de desenvolvimento – em que três roteiristas mexeram no filme, inclusive o incensado Akiva Goldsman – fizeram de O Chamado 3 um Frankenstein de propostas. Há um conceito modernizante no começo, há um gancho no final que instiga para o futuro da série, mas o miolo é o mais completo protocolo. Não ajuda o fato de Gutiérrez patinar na hora de definir um projeto visual; a fotografia varia entre o verde musgo derivativo de David Fincher e cenas bizarramente banhadas de luz com Julia e Holt na intimidade, como se estivessem num comercial de matinais low-fat em Venice Beach, um artificialismo que soaria falso em qualquer filme e sem dúvida fica muito deslocado em O Chamado 3. (Omelete)

A propósito, abaixo está a foto da primeira Samara do filme de 2002, nos dias de hoje! Já teve muito marmanjo pedindo para ela ligar… 🙂

Resultado de imagem para foto da samara

Nota: 5,5

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=35idtdhXi0k&w=700&h=361]

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