Homem-Aranha no Aranhaverso | Crítica

Cinectus conferiu a pré-estreia da animação do amigo da vizinhança lançada pela Sony.  Para ser sincero, quem assistiu Venon (2018) já viu uma pré-pré-estreia, já que uma das cenas pós-crédito do filme é um trecho da animação do cabeça de teia.

Vale ressaltar que pelo acordo prévio à aquisição da Marvel pela Disney, a animação não tem correlação com Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017) ou Vingadores: Guerra Infinita (2018) – até onde temos conhecimento a Sony irá desenvolver todo um arco paralelo e independente das produções da Disney. Tudo indica que teremos uma continuação de Venon (2018) com Carnage como vilão mas não está certo se Tom Holland interpretará o herói em algum dos próximos filmes da Sony. Certo mesmo é que ainda vamos conviver na telas com o MCU da Disney e o Aranhaverso da Sony.

Mas falando da animação em si, ela é centrada em Miles Morales, um adolescente que se tornará o novo herói substituindo Peter Parker. Na jornada do herói, ele encontra versões do Homem-Aranha de realidades paralelas, desde outra versão de Peter Parker até o Spider-Ham – um porquinho-aranha (não confundir com o clássico episódio dos Simpsons).

E como previsto, eles precisam superar suas diferenças e ajudar o menino Miles a se tornar um herói de verdade e derrotar os vilões liderados pelo Rei Do Crime / Wilson Fisk.

O resultado é uma mistureba daquelas, com roteiro e personagens pouco fiéis à visão tradicional do herói e que farão os fãs mais puristas torcerem o nariz. Mas se você se abstrai do que conhece do personagem e simplesmente curte a animação, no final vale o ingresso. A qualidade gráfica é muito alta, diálogos são ótimos e algumas piadas hilárias. Não segue a receita de bolo Pixar (estado da arte de animação + personagens cativantes para crianças + mensagens que só os pais entendem), mas está num bom caminho.

Uma boa sacada é que as cenas de animação se alternam com grafismos e efeitos típicos de HQ, o que em algumas momentos passa a sensação bacana de quadrinhos ganhando vida. Outro ponto positivo é que apesar de lutas e algumas mortes, a animação nos parece adequada para crianças menores e não apresenta violência excessiva.

Vencedor do Globo de Ouro de melhor animação quando bateu concorrentes como WiFi Ralph: Quebrando a Internet e Os Incríveis 2 chegou aos cinemas em 10/Jan, ou seja, é um bom programa de férias para levar a criançada.

Nota Cinectus: 7,0