Gypsy (2017) – Um Desperdício!

Nesta nova série da Netflix, a psicóloga Jean Holloway (Naomi Watts) tem a vida aparentemente perfeita em sua bela casa em Nova York ao lado do marido Michael (Billy Crudup) e da pequena Dolly (Maren Heary).

Só que olhando bem de perto, Jean tem um difícil relacionamento com a mãe, Nancy (Blythe Danner), o casamento já não anda lá essas coisas e ela tem dificuldade em lidar com a personalidade da filha.

Mas o que realmente desanda a vida da protagonista é a sua obsessão em se envolver e controlar a vida de seus pacientes. Em especial o confuso Sam (Karl Glusman) e a dependente química Alisson (Lucy Boynton).

https://youtu.be/y67_16zSMwk

E se não bastasse todo os problemas acima, ela ainda arruma tempo para um caso extraconjugal com a bela Sydney (Sophie Cookson).

Temos então todos os ingredientes para uma boa série: bons atores, roteiro interessante e produção caprichada, correto? Sim, quase isso.

A melhor definição para esta série é do crítico do The New York Times, James Poniewozikjune: “Gypsy é um show ruim bem feito“.

Os personagens não geram empatia, Michael é um desperdício para um ator como Billy Crudup(O Russell de Quase Famosos, entre outros papéis). Também já vimos Naomi Watts  em atuações muito melhores, como por exemplo em 21 Gramas

E a atração irresistível que Sydney exerce nas pessoas, sinceramente não chega ao telespectador – se resume à beleza da atriz que a interpreta. Imagino que seja algo que só os roteiristas sintam.

Outro grande problema é não se aprofundar na motivação dos personagens. Após os 10 episódios da primeira temporada, você ainda não entende o porquê da protagonista agir desta forma.

Ao final, a qualidade técnica da produção e o elenco não salvam a série, que é uma forte candidata aos periódicos “cortes após a 1ª temporada” promovidos pela gigante do streaming.

Nota Cinectus: 6,0