27/01/2017 - Cinectus
Até o Último Homem (2016) [Crítica]
O filme pode ser dividido em duas partes: a primeira conta a história de Desmond Doss, um rapaz magricela que se alista nas forças armadas americanas para lutar contra os inimigos durante a Segunda Guerra Mundial, mas que se opôs (a qualquer custo) a segurar uma arma de fogo. Seu único objetivo era salvar vidas de soldados americanos.
A segunda parte – que dá nome ao título em português – descreve como Doss, durante a batalha de Okinawa contra os japoneses, se tranformou no primeiro herói de guerra a ganhar uma medalha de honra sem dar um único tiro.
Mel Gibson volta como diretor fazendo um belo trabalho e mostrando que, depois de tantos anos (“Coração Valente” em 1995) ainda está no jogo dentro de Hollywood.
Apesar do roteiro – com viés bem americano de contar uma história de guerra – Gibson segura bem as pontas não deixando a narrativa se perder com clichês do gênero, focando mais no processo de conquistas e relações de Doss com os colegas do que no resultado final: sem bandeiras tremulando ou musiquinha para forçar você a chorar.
Com 6 indicações ao Oscar desse ano, “Até o Último Homem” possui boas chances em todas elas, mas talvez leve somente nas categorias técnicas de Edição, Mixagem de Som e Edição de Som. A batalha de Okinawa lembra demais a batalha do Dia D no “Resgate do Soldado Ryan” (1998), que arrebatou todos esses prêmios.
Já o ator do penúltimo Homem Aranha (Andrew Garfield) demostra que tem bastante talento e não ficará preso a esteriótipos de um super-herói, mas há muito chão para percorrer antes de levar o prêmio de Melhor Ator.
O filme já estreou nos cinemas, então vá conferir e nos conte o que achou!
Nota: 8,5
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=zCzcZD65neE&w=700&h=361]