24/08/2017 - Cinectus

Annabelle 2 – [Crítica]

Fazer a franquia da franquia render alguns milhões é para poucos, ainda mais dentro desse sub-gênero de terror: demoníaco. O que parece é que James Wan (“Invocação do mal“, 2013) mandou para David F. Sandbergo o mesmo recado que mandou para o diretor anterior John R. Leonetti (“Annabelle“, 2014): “vê se não estraga o trabalho que comecei pra não secar a fonte, já passei por isso uma vez em Jogos Mortais, 2004″. Por enquanto o papo reto está dando certo! Essa continuação acontece bem antes do primeiro filme, focando na criação da boneca e como ela se tornou amaldiçoada.

O limiar desse sub-gênero pode se tornar um problema quando o diretor perde a mão para tratar “o coisa ruim” como um mero monstro. Aí a coisa debanda para outro lado, pois filmes de monstros ou criaturas é outro papo e não caberia aqui. Felizmente, a atmosfera criada pelos outros 2 filmes da franquia original não deixaram isso acontecer, pois a narrativa macabra segura bem o roteiro “mediano” e faz uma amarração perfeita com o primeiro filme.

Para quem curte o gênero e acompanha o trabalho de Wan, podemos dizer que os seus discípulos estão dando boa continuidade no seu trabalho.

Vale a pena conferir…

Nota: 7

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Assim como fez com Jogos Mortais e SobrenaturalJames Wan fez Invocação do Mal ser uma máquina de dinheiro. Com dois filmes de sucesso, a franquia também tentou expandir esse universo em 2014 com Annabelle, um derivado que não foi lá essas coisas no gosto do público – apesar de dominar as bilheterias. Podia ter ficado por isso mesmo, mas o produtor deu aval para mais uma tentativa com Annabelle 2: A Criação do Mal.

Comandada por David F. Sandberg (Quando as Luzes se Apagam), o segundo longa volta alguns anos na cronologia para explicar a origem da boneca possuída. A trama acompanha um grupo de meninas órfãs que encontram novo lar no meio do nada sob o abrigo dos Mullins. Não é muito depois que elas se instalam na casa que o espírito da falecida filha do casal começa a assombrar e perturbar as meninas.

(…)

É certo que menosprezar a dramaturgia e privilegiar os sustos não rende filmes de terror memoráveis, com títulos como Corra!A Bruxa e Fragmentado demonstrando que há uma forte demanda por bons roteiros nos últimos anos. Mesmo assim, Annabelle 2 é bom exemplar do terror pipoca, daqueles para se divertir, assustar-se e seguir em frente. (Omelete)

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