12/05/2017 - Cinectus

Alien: Covenant [Crítica]

Ridley Scott embarca mais uma vez no universo sombrio e tenebroso do primeiro “Alien” (1979). Dando continuidade a “Prometheus” (2012), dez anos após o primeiro evento, a tripulação da nave (colônia)  Covenant segue com destino a um planeta remoto. Durante o caminho “descobrem” outro planeta inóspito semelhante ao anterior, se deparando com uma ameaça além de sua imaginação.

O filme tem falhas no roteiro que abrem margem para dúvidas temporais sobre alguns acontecimentos. Michael Fassbender volta a fazer o papel de um humanóide, dessa vez em dupla atuação! Fassbender confessou em entrevista que se sente muito à vontade, pois o fato de não precisar passar tantas “emoções” e “brincar” com seu personagem é bem divertido! Katherine Waterston é a protagonista e poderia ser melhor aproveitada na história, como aconteceu com Sigourney Weaver. Talvez isso trouxesse maior empatia para os fãs, ao ver que antes da Tenente Ripley outra heroína tenha se aventurado na luta de sobrevivência contra o xenomorfo.

Depois de quase 40 anos, Alien continua a sendo uma excelente franquia (quando bem explorada) e até hoje não tivemos nada desse gênero de “terror alienígena” que fosse tão bem sucedido. Como a crítica não abraçou esse último filme, acreditamos que isso tenha refletido na decisão da FOX de cancelar o projeto de “Alien 5”.

Enfim, Covenant  está muito, muito longe de ser parececido com o clássico de 1978, mas há alguns momentos de terror entre os tripulantes e a criatura que são uma verdadeira homenagem ao original. Quem acompanha a franquia não pode deixar de assistir.

Nota: 7

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=vHvR44EO2nk&w=700&h=361]

Crítica do Omelete:

 Ao desinteresse com que Scott pensa e realiza suas cenas de horror se soma o subaproveitamento do ótimo elenco. Sua protagonista Daniels (Katherine Waterston) é uma versão recauchutada de Ripley com um arco dramático de superação menos sutil que o da protagonista do original, e ao resto da tripulação cabe apenas reagir de forma estúpida ao perigo, seja metralhando tanques explosivos, agindo com displicência em atmosfera selvagem ou simplesmente metendo a cara onde não deve. O fato de Alien: Covenant desperdiçar a chance de reunir James Franco e Danny McBride em cena já diz bastante sobre seu senso de oportunidade.

O saldo, porém, é bastante discutível. Alien: Covenant fica muito abaixo do filme de 1979 como experiência de horror e claustrofobia, e no fim das contas acaba servindo a um propósito muito funcional de tapar lacunas que até hoje se preencheram com pavor e mistério. Não deixa de ser irônico que, ao acabar com os encantos que cercam o Alien, o filme tire o sentido do próprio nome Xenomorfo. “Xeno” significa estranho, estrangeiro, e depois de Covenant tudo o que resta é a familiaridade. (Omelete)

Sobre “Alien 5”:

O filme do Alien dirigido por Neill Blomkamp parece cada vez mais distante de sair do papel. Depois de o próprio diretor admitir que o longa não deve ser feito, foi a vez de Ridley Scott, diretor do longa original da franquia e do vindouro Alien: Covenant, afirmar que o projeto está morto.

“Nunca houve roteiro, só uma ideia que evoluiu para um argumento de dez páginas”, disse Scott sobre o projeto de Blomkamp ao site francês Allocine. “Eu tinha de participar como produtor, mas o projeto não foi para frente porque a Fox decidiu que não queria fazê-lo.” (Omelete)

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