A Forma da Água (2017) – [Crítica]

Guillermo del Toro assina mais uma vez um drama fantástico, retirando o cenário de fundo da guerra espanhola: “A Espinha do Diabo” (2001 – se não viu, veja!) e “O Labirinto do Fauno” (2006) e partindo para uma ambientação mais obscura da Guerra Fria. 

Sally Hawkins faz o papel de uma “ajudante de limpeza” dentro de um centro de pesquisa americano de 1950, quando descobre uma criatura anfíbia e inicia uma relação única de afeto. Assim como é fácil reconhecer a marca de Tim Burton em seus filmes, Del Toro embarca numa história bonita, com uma direção artística sempre impecável e efeitos especiais na medida certa.

É preciso destacar Michael Shannon que em matéria de interpretação de vilões no cinema, ele os faz com maestria, pois é mais um personagem “desprezível” e cheio de maldade no coração! Uma pena ter ficado de fora como Melhor Coadjuvante nesse filme.  Octavia Spencer, Richard Jenkins  e Michael Stuhlbarg completam o elenco dando força ora dramática, ora cômica num Roteiro Original assinado pelo próprio diretor.

O filme concorre em 13 categorias ao OSCAR 2018, mas certamente só levará algumas! Del Toro entrega um belo trabalho – sem dúvida – mas  “O Labirinto do Fauno” (2006) ainda é bem melhor!

Nota: 7,5

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